sexta-feira, 3 de julho de 2009

Terei saudades’, diz diretor de ‘Era do gelo 3’, que se despede da série


Em entrevista ao G1, Carlos Saldanha fala sobre o sucesso da animação.
Após estreia em 3D, filme chega aos cinemas em versão 2D nesta sexta (3).

Depois de estrear em versão 3D na semana passada, a animação “A era do gelo 3” chega às salas de cinema tradicionais nesta sexta-feira (3), com cerca de 300 cópias em todo o país. Em entrevista ao G1 por telefone, de Nova York, o cineasta brasileiro Carlos Saldanha contou detalhes sobre a produção e falou da vida após “A era do gelo”, já que o novo filme marca sua despedida do comando da série. “Terei saudades, é claro, mas estou criativamente satisfeito. Se a franquia voltar, será com outro diretor e deve ter uma renovação”, diz Saldanha.
Entre as novidades do novo filme estão o visual em três dimensões e a introdução de novos personagens, mas a história mantém-se fiel à temática família e aos personagens que fizeram o sucesso da franquia. “O público quer ver Scrat, Ellie, Manny, Sid e Diego de volta; são eles que dão personalidade, alma aos filmes”, afirma o diretor.

Em “A era do gelo 3”, Manny e Ellie aguardam o nascimento de seu filhote, enquanto Scrat arruma uma namorada, e a preguiça Sid cria sua própria família, embora de faz-de-conta, ao desviar ovos de dinossauro. “É uma história sobre a reconciliação e a cooperação entre os amigos”, diz Saldanha.

“O segredo do nosso sucesso são as temáticas acessíveis a todos, como amizade, paternidade e amor. Quero divertir crianças e adultos igualmente, mesmo que eles se identifiquem com elementos diferentes”, afirma o cineasta de 40 anos, que se inspirou em sua própria família – sua mulher estava grávida de sua terceira filha na época da produção – para criar a nova história.

A vida após 'Era do gelo'

O animador conta que já está envolvido em um novo projeto e que desta vez vai levar o sotaque brasileiro para Hollywood. Ainda sem previsão de estreia, o filme se chama "Rio" e conta a história de uma arara azul que vive em um cativeiro nos EUA e resolve viver uma aventura no Rio de Janeiro, durante o Carnaval.

"Tenho muito orgulho do Brasil. Quero trabalhar a cultura, a música, as cores, a dança do meu país", conta o diretor, que vive nos EUA há cerca de 18 anos. "Quero mostrar o que temos de melhor, mas sem caricaturas", afirma Saldanha.

Ele admite sentir saudades do país, mas diz que não tem planos de retornar. "A vida de minha família é aqui. Mantenho minha brasilidade, mas sou global."

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